O amor da natureza
Em verdade, posso já não acreditar no, ou num grande, amor!
Pela falta da verdade, pelo individualismo cego e sagrado
Que me mostram, ostensivamente, em quase tudo e por todo o lado.
Falta-lhes a paciência, a conquista e resta a pressa e o fervor!
Ficam os olhos, vagos e indecisos, com a sensação de ardor.
Faz sentido a nova agitação, o bulício longo e abnegado,
Na procura de um bem que é tranquilo, doce e amado:
A natureza, quase pura, cheia de cores, gosto e odor.
Faz sentido andar sozinho nesta mata, mas não estou só.
Não é uma fuga, aqui encontro a paz, sem pressão ou urgência.
Está toda uma imensidão de seres e sentidos, não tenham dó.
Este Buçaco é de uma beleza que me confere uma nova decência.
O espaço, onde se pode fugir das pessoas e encontra-las sem nó,
Apenas com o deslumbramento, o pasmo alegre e a feliz consciência.
19 de Março de 2007
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