O meu mundo é pequeno
Porque querem ver-me acossado e acusado,
Se nos pensamentos sigo nu e desprendido?
Se o meu nó é de correr e sou perseguido,
Porque me tratam como a um alheado e atado?
Para quê ler e entender à letra e de forma mordaz,
Se não é assim que o digo, escrevo e sinto?
Sigo, desprendido, sei que estou ávido por paz.
Sei que o meu mundo é pequeno, enfezado,
Em comparação com o mundo desconhecido,
Em comparação com o mundo vivido
Entre fomes, guerras, enfado e o ser desprezado.
Quero ouvir a sinceridade e a justiça sagaz,
Sem comprometimentos com a falsa cortesia,
Sem alianças com a inveja e o ciúme, que desfaz.
Jurisprudência. Vejo a imprudência com desagrado.
Olho à volta e confirmo que estou só, perdido,
No desejo, na procura, na vontade, no ouvido.
Mas isso não me deixa mal-humorado, zangado.
Curiosamente, ganho uma força ignorada e audaz
Que me leva ingénua, arrebatada e decididamente,
Por outro caminho e absorto por um espírito sagaz.
O nosso mundo quase nunca coincide com o mundo dos outros ou como eles o entendem. Provavelmente por querermos mais dele e não percebermos como nos dá tão pouco e nos censura imensamente quando seria tão simples entender. è uma inquietação constante quando para a maioria parece tão "normal" e fácil Um abraço. Obrigado de novo.
ResponderEliminarEu acho que tudo o que escrevemos tem um sentido. Um sentido que vai para além das palavras que vemos.
ResponderEliminarEspero que esse outro caminho te leve onde queres chegar.
Verniz Negro:
ResponderEliminarPlenamente de acordo!
Obrigado!
2linhas:
ResponderEliminarE achas bem!
;)