Par de modo
E
éramos dois de mãos dadas.
Há o teu olhar terno e provocante,
Há o teu olhar terno e provocante,
Há o
meu coração carente e amante.
Há vontades renascidas e não provadas.
Há vontades renascidas e não provadas.
Depois
do tempo, antes das horas cantadas,
Vens
de tão longe para tão perto, cativante,
E eu
de um fundo para tão alto, radiante,
Antes
do outro tempo, depois das horas dançadas.
O teu
apertão no meu aperto. Depois.
E foi
por mim; foi por ti; foi pelos dois.
Foi um princípio sem fim. Era agora.
Foi um princípio sem fim. Era agora.
Terá
de chegar. Por quem sois?
O
último formado e o primeiro, para mim, embora.
Independência
deverá esperar pela aurora.
Passado presente.
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarPassado pesado.
;)
ResponderEliminarA visita foi uma agradável surpresa.
O poema tem dois anos, oito meses e dez dias... Passado presente, passado pesado e presente passado.
;)
Olá! Todos os momentos passados se tornam presentes a certa altura e mesmo que os queiramos passado mesmo, acompanham-nos eternamente como tantas vezes uma grata memória, que nos faz escrever sobre eles reavivando-os. Outras um espinho aguçado que enterrado queremos deixá-lo para não fazer mais sangue. Contabilizar os nossos passados com tanta exactidão faz perceber que eles ainda contarão no presente mesmo que os pensemos definitivamente passado. Mas torna-nos mais fortes sem dúvida. Um beijinho grande e bfsemana.
ResponderEliminarVerniz Negro:
ResponderEliminarOlá!
Concordo que a memoração ou recordação do passado (quando o, e aquele que, conseguimos lembrar enquanto acontecimentos), naturalmente, ocorre no presente, o que se traduz num “passado presente”. Assim como, também concordo que os factos podem ser sentidos com maior ou menor pesar, com maior ou menor felicidade… Evocando um valor/peso que pode variar com o passar do tempo, pela perda ou ganho de valor/peso e/ou através de novos dados, novas apreciações/avaliações e perdas de pormenor: o “passado pesado”. Contudo, os factos/acontecimentos/histórias do “passado presente”, que é “passado pesado”, para mim, são, sempre, “presente passado”: faz parte da experiência, da aprendizagem; não se pode modificar; depende de nós se queremos avançar ou andar em círculos, numa tentativa de recriação desse passado.
O soneto consubstancia um passado, um presente e um futuro (a seu tempo), com distâncias temporais e espaciais, mas com a noção de que cada facto/acontecimento tem os seu devido valor, o seu tempo, o seu espaço.
Um beijinho.